Doenças crônicas são aquelas que se desenvolvem lentamente, duram por muito tempo e prejudicam a saúde a longo prazo. O Ministério da Saúde divulgou no dia 14 de dezembro de 2010 dados que indicam que 67,3% das mortes no Brasil são causadas por esse tipo de doença (em 2007, elas mataram 705,5 mil pessoas no país).
As doenças crônicas que mais matam no país são as cardiovasculares, que afetam o coração e a circulação sanguínea e representam 29,4% das mortes. Nesta categoria estão problemas como infarto do miocárdio, AVC (acidente vascular cerebral) e a hipertensão (pressão alta), doenças que têm relação direta com o estilo de vida da população.
Fatores como idade e hereditariedade não têm como serem evitados, mas existem outros fatores de risco que podem ser controlados como o fumo, a obesidade, o sedentarismo, o colesterol alto e o estresse.
Mesmo com o número alto de mortes por esse tipo de doença, houve uma queda no índice de mortalidade, que passou de 284 mortes para cada 100 mil habitantes em 1996 para 206 em 2007, caindo 26%.
O diretor do Departamento de Análise de Situação de Saúde da Secretaria de Vigilância em Saúde, Otaliba Libânio Neto, disse em comunicado que a queda aconteceu em razão do maior nível de instrução da população e das políticas de prevenção à saúde, como redução do tabagismo, promoção de alimentação saudável e estímulo à atividade física.
Este estudo apontou uma queda de 17% nas mortes por doenças crônicas no Brasil entre 1996 e 2007, mas houve um grupo que teve forte alta, o de diabetes. Os óbitos neste grupo cresceram 10% no período e chegaram a 47,7 mil mortes, com a tendência de alta.
O diabetes é uma das doenças crônicas que mais atingem os brasileiros, chegando a 3,6% da população em geral. O diabetes se tornou a epidemia do século e já afetou cerca de 246 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo o Ministério da Saúde. A previsão é de que esse número alcance 380 milhões até 2025.
Entre 2005 e 2008, o diabetes ultrapassou os homicídios e se tornou a terceira causa de morte do brasileiro, ficando atrás apenas das doenças cerebrovasculares e das doenças isquêmicas do coração. Isso acontece principalmente por causa de problemas na alimentação do brasileiro, que está levando ao sobrepeso.
O diabetes tem relação direta com a obesidade, e a pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), mostrou que o percentual dos brasileiros que sofrem de obesidade aumentou de 11,4% para 13,9% entre 2006 e 2009. Mas as doenças respiratórias, como enfisema pulmonar e asma, tiveram uma queda de 33% na taxa de mortalidade no período. As internações por asma caíram pela metade em dez anos, causada pela queda do número de pessoas que fumam no Brasil. Os fumantes eram 34% da população em 1989 e cairam para 16,2% em 2009.
Nenhum comentário:
Postar um comentário